A sociedade e as empresas devem ter a sensibilidade de comunicar sem ferir. A comunidade LGBTQ merece ser ouvida e compreendida.

O mundo em que vivemos está mais atento do que nunca às necessidades das pessoas. A comunidade LGBTQ tem tido uma voz mais ativa na sociedade, reivindicando os seus direitos. 

A nossa forma de comunicar deve ser realizada segundo os princípios manifestados na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração visa assegurar os direitos humanos básicos. Ela foi adotada pela Organização das Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948. 

A forma de comunicar (da sociedade, das empresas) pode revelar sensibilidade, se for inclusiva ou ferir suscetibilidades, se for preconceituosa. O mundo atual exige que sejamos mais tolerantes e acolhedores. Todos os seres humanos têm direitos e deveres de viver a sua vida conforme as suas perspetivas. A comunidade que hoje identificamos como LGBTQ foi injustamente perseguida e punida ao longo da história. 

Atualmente, deve existir uma sensibilidade mais apurada na forma de comunicar, sem ferir esta comunidade que merece ser ouvida e compreendida. Assim, a sociedade e as empresas devem adotar uma estratégia de comunicação inclusiva. 

Happy couple

LBGTQ

A comunidade LGBTQ é cada vez mais alargada e livre e convida-nos a ver a vida e os relacionamentos sem preconceitos. A sigla LGBTQ integra o L de Lesbian, G de Gay, o B de Bissexual,  o T de Transgender/ Transsexual, o Q de Queer ou de QuestioningOra, a comunidade com o termo questioning (pessoas que se questionam) alarga o seu número de elementos a muitas outras pessoas que querem ter voz e serem ouvidas, numa sociedade que deve ser mais tolerante, aberta, inclusiva. 

Há pessoas assexuais, outras que se consideram pansexuais, pessoas sem género ou com ambos. A língua portuguesa, como qualquer outra, adapta-se aos desafios dos novos tempos. Há constantemente adaptações a novos contextos e surgem com naturalidade integrações de novos termos no léxico português. Por exemplo, acontece com as constantes inovações na área da tecnologia, surgindo frequentemente neologismos e estrangeirismos. O impacto e a importância que a comunidade LGBTQ tem (ou deve ter) na sociedade deve implicar novos procedimentos. Assim, deve existir uma maior sensibilidade por parte das instituições e empresas para adotar uma linguagem mais tolerante, fazendo uma comunicação mais inclusiva. 

Comunicação num português mais inclusivo

No mundo atual, é crucial apostar numa comunicação feita num português inclusivo. Esta opção revela uma grande sensibilidade e respeito para com todas as pessoas, nomeadamente as da comunidade LGBTQ. 

A língua portuguesa tem um sistema gramatical de género que assenta na existência de duas flexões. São elas: a masculina e a feminina. Existe a flexão feminina, utilizada quando é referida uma ou várias figuras femininas. Também existe a flexão masculina, utilizada quando é referida uma ou várias figuras masculinas. 

A forma dita “neutra” é utilizada quando é referida uma figura de género desconhecido ou, então, quando é referido um conjunto de figuras de diferentes géneros. Há um guia que surge fruto da necessidade de superar as limitações da nossa língua. Um guia que revela grande sensibilidade para com as pessoas que precisam que surja uma introdução de uma terceira flexão. É uma redefinição da forma neutra da língua portuguesa. 

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Este guia permite uma comunicação mais inclusiva, destinando-se a qualquer pessoa, organização ou instituição. 

Uso da forma neutra

Devemos utilizar a forma neutra quando se pretende referir a alguém cujo género (e/ou pronomes) é desconhecido. 

Vários elementos da Comunidade LGBTQ preferem esse tratamento, nomeadamente pessoas cujo género não se encaixa no binarismo homem/mulher. Estas pessoas preferem o uso de flexões neutras, alusivas a um conjunto de pessoas de géneros (e/ou pronomes) desconhecidos ou a um conjunto de pessoas de géneros (e/ou pronomes) diferentes.

Pride flag

Estratégias de comunicação

O uso de hiperónimos neutros é uma estratégia sensata que deve ser usada, sempre que possível. Por definição, um hiperónimo é um termo mais abrangente que outro com o mesmo sentido. Pertence ao mesmo campo semântico. Por exemplo, para os hipónimos mulher/homem ou rainha/rei ou mãe/pai devem usar-se os hiperónimos pessoa ou monarca ou  parente/família, respetivamente. 

Em determinados contextos, também é possível usar sinónimos, sem ser necessária uma forma neutra. O termo “estudante” permite evitar o uso de aluno, aluna ou alune (como veremos, há um papel relevante da letra “e” que permite assegurar neutralidade).

Neutralidade

Normalmente (mas não sempre…), as formas gramaticais feminina e masculina são indicadas pelas letras a” e “o”, respetivamente. No entanto, a letra “e” deve ser indicada para a forma gramatical neutra. 

Quer conhecer alguns exemplos de palavras flexíveis em género? O papel da letra “e” na neutralidade. A letra “e” tem um papel importante que permite garantir a neutralidade, dos artigos (definidos e indefinidos) aos nomes.

Pronomes Possessivos

Masculino meu /  Feminino minha /  Neutro minhe

Artigos Definidos

Singular / Plural

Masculino / o / os 

Neutro / a / as 

Neutro / ê / ês 

Artigos Indefinidos

Singular / Plural

Masculino / um / uns

Neutro / uma / umas

Neutro / ume / umes

Pronomes Demonstrativos

Masculino este(s) / Feminino esta(s) / Neutro este(s)

Nomes e Adjectivos

Masculino /  Feminino /  Neutro

menino /  menina /  menine

patrão /  patroa /  patroe

colaborador / colaboradora / colaboradore

ator /  atriz /  atore

juiz /  juíza /  juíze

Dominar a comunicação inclusiva, implica conhecimentos aprofundados. Por isso, pode revelar-se bastante positivo estabelecer uma parceria com uma empresa com este domínio e com know-how em marketing digital, de forma a realizar-se uma comunicação eficaz, positiva, sem ferir suscetibilidades. 

A Digih é uma empresa especialista nesta matéria, podendo ser a parceira ideal para realizar uma comunicação sensível, próxima e inclusiva!