O nosso quotidiano está diferente. Atualmente, estamos completamente dependentes da internet e do mundo digital. Desde o momento em que acordamos ao momento em que nos deitamos, estamos constantemente ligados ao mundo digital.
A grande maioria das pessoas tem o telemóvel ligado a redes sociais, o tablet dá notícias que saem mais frescas quando são lidas pela internet, por isso, os jornais de papel apresentam números de vendas cada vez menores. As novas gerações dominam o mundo digital na perfeição, por isso, a tendência é para a existência de um ser humano cada vez mais digital.
A constante procura por inovações e soluções facilitadoras da vida humana levou ao surgimento das cidades inteligentes (Smart Cities/Urban Techs), que recorrem à Inteligência Artificial (IA) como uma indispensável ferramenta de otimização várias áreas (nomeadamente de segurança, mobilidade e economia de recursos naturais) que visam favorecer a eficiência na gestão pública, usando todos os recursos de forma estratégica e otimizada. Assim, estamos num mundo distinto, onde o digital faz parte do nosso quotidiano.
Sobre este humano digital resta-nos a questão: Como conseguimos manter-nos humanos no digital?
O Humano Digital
O cérebro humano tem sido bombardeado com constante informação num mundo que vive uma Transformação Digital. Atualmente a relação das pessoas com a tecnologia é constante, existindo uma hiperconectividade inegável.
A sociedade na atualidade encontra-se extremamente ligada à tecnologia. Uma relação que exerce diferentes tipos de influências em diferentes âmbitos, no pessoal, no profissional e no comportamental. A dependência dos seres humanos com a tecnologia levou ao surgimento de um Humano Digital, mas há benefícios e riscos inerentes a este desenvolvimento.
Humanidade
As pessoas estão em constante confronto com esta realidade. As empresas reconhecem que os seres humanos estão constantemente ligados, por isso, preparam-se para dar-lhes constantemente feedback. Há até Inteligência Artificial a fazer a comunicação inicial com as pessoas de forma a esclarecer algumas dúvidas básicas e a encaminhá-las para os sítios certos se tal for necessário. Mas, não se pode falar sobre a tecnologia integrada na vida das pessoas, sem falar nelas, na sua humanidade.
A tecnologia deve ser usada para o bem das pessoas que são únicas, não são bots ou robots. Assim, por muito que tecnologia esteja presente em todos os setores da sociedade, ela deve ser usada para estimular a liberdade criativa e a diversidade, que são capacidades exclusivamente humanas.
Apostas no marketing
As empresas devem fazer valer esse lado humano. Por muito que a tecnologia facilite a vida das pessoas e possa contribuir para o aumento dos lucros das empresas, sem pessoas, não há lucros.
As empresas já não são inacessíveis, não se cingem a um único número de contato listado perdido num site. As empresas reconhecem que os clientes agora exigem uma maior proximidade, um esclarecimento de dúvidas imediato. Por isso, os consumidores desejam que as empresas apresentem um toque humano, que haja uma abordagem pessoal que leve a experiências do mundo real.
Atualmente, é mais importante para as empresas ter os seus clientes no centro das suas preocupações do que com a concorrência. Assim, apostar em melhorar a experiência digital com os seus clientes é vital. A fidelidade com as marcas só é conseguida quando elas conseguem ligar-se aos seus consumidores a um nível pessoal.
O toque humano
As empresas conseguem estabelecer essa ligação com os consumidores quando adotam algumas estratégias simples que permitem a criação de uma maior proximidade. As empresas devem conseguir promover ou criar experiências memoráveis aos seus clientes, experiências envolventes, gratificantes, únicas que levem à criação de memórias que realmente duram. Manter as comunicações nas redes sociais como os consumidores desejam, mais pessoais e humanas.
Estratégias sensatas
Deve ainda haver um esforço para um conhecimento mais aprofundado do cliente. Por exemplo, o atendimento ao cliente pode ser usado como uma forma de conhecer melhor os clientes, por isso, é importante colocar a equipa de atendimento ao cliente na linha de frente do negócio, concedendo mais liberdade aos agentes para variar seu estilo de comunicação.
O blogue é outro elemento vital para a criação de um elo com as pessoas, criando conteúdos interessantes, pertinentes e úteis e depois ter o trabalho de manter o blog devidamente atualizado!…
Integração na família
Finalmente, há que ser mais acessível, fazer com que os clientes e potenciais clientes se sintam à vontade para entrar em touch sempre que quiserem nas diferentes plataformas, segundo as suas preferências de comunicação. Ser acessível e disponível, é importante, mas há que fazer com que os consumidores pretendam interagir, que se sintam parte da família da marca.
Nesta era digital as empresas tendem a valorizar os números, mas os números não têm alma. As empresas devem apostar em valorizar o elemento humano dos negócios em vez de ficarem obcecadas com as novas tendências e com estatísticas.
Fazer com que os clientes se sintam membros importantes da família é crucial, tal como fazer com que pretendam defender a marca nas redes sociais quando alguma injustiça é cometida com a marca. Tal só acontece se a experiência do cliente se tornar uma verdadeira preocupação, sendo que isso não acontece sem o toque humano…