Como podem a inclusão e a diversidade ajudar as marcas a criarem experiências mais significativas para os seus clientes?
As tendências de consumo estão em permanente evolução. Tem se assistido a um ritmo exponencial de mudanças na forma como as sociedades se relacionam e por consequência, nas expectativas e necessidades das pessoas. É um facto que a pandemia veio acelerar estes processos, que a digitalização da jornada do cliente veio para ficar e que mais do que nunca, as marcas têm desafios extraordinários na forma como comunicam com os seus clientes.
Com o número de pessoas que fazem compras online a aumentar e as redes sociais com o maior número de utilizadores de sempre, valores como a inclusão e a autenticidade podem influenciar a tomada de decisão e ser o fator decisivo na escolha entre uma marca e outra.
Quais são os números em causa?
Segundo um estudo da Google, que procurou descobrir as tendências para a temporada de compras de 2021, os portugueses estão, mais do que nunca, a comprar novas marcas. 81% dos inquiridos afirmaram ter descoberto novas marcas online durante a pandemia. O mesmo estudo sublinha ainda a importância da parceria entre as marcas e os criadores de conteúdo, sendo que 70% das pessoas mostraram propensão para comprar uma marca depois de a ver no Youtube. Plataformas como o Youtube permitem ao cliente aceder a opiniões de terceiros e através da identificação com os valores da marca, partir para a tomada de decisão.
Noutro estudo realizado em Portugal pela Celside em parceria com a Boutique Research, concluiu-se que 93% dos Millenials já faz compras online. 90% da Geração X também compra online e se esperava uma maior resistência das faixas etárias mais avançadas desengane-se, pois no grupo dos 50 aos 64 anos 88% das pessoas faz compras online e 77% dos inquiridos acima dos 64 anos, também afirma fazer compras online.
Números expressivos que acentuam a urgência em perceber em que direção estão a ir os consumidores, que factores têm em conta na tomada de decisão e se a inclusão e diversidade estão entre as necessidades identificadas.
Numa análise feita pela Ayden a 102 retalhistas portugueses e a mais de mil consumidores, alerta-se para as mudanças no mercado a retalho. 42% dos inquiridos indicam que a ética de um retalhista ganhou importância como consequência da pandemia e cerca de 33% referem ter mais propensão para escolher retalhistas com fornecedores ou cadeias de fornecimento éticos. com a valores como a responsabilidade social e a diversidade.
De acordo com relatório “State of Marketing” que tem por base um inquérito a mais de 8 mil profissionais de Marketing de 37 países, incluindo Portugal, 67% dos profissionais da área concordam que as expectativas do cliente são mais difíceis de atender do que no ano transato. 49% dos profissionais afirma que a pandemia mudou a sua estratégia de envolvimento digital, e 43% corroboram que alteraram a sua conjugação de canais de marketing, para se adaptarem às mudanças em curso.
E como pode a inclusão e a diversidade ser a resposta para melhores resultados? Se a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando lê “marketing de diversidade” é a imagem de uma publicidade com uma pessoa negra, uma pessoa branca, uma pessoa asiática, um homem, uma mulher, um idoso… bem, não é disso que estamos a falar.
O marketing de diversidade trata de estratégias que reconhecem e celebram as especificidades e diferenças de um público-alvo, podendo incluir idade, género, orientação sexual, deficiência, religião, etnia, entre outros.
O marketing de diversidade procura então reformular o posicionamento da marca para garantir a resolução das necessidades dos consumidores, comunicando com o público de modo humanizado, reconhecendo e respeitando as diferenças.
O estudo “Meaningful Brands 2021” realizado pelo Havas Group identificou que 6 em cada 10 pessoas procuram experiências de consumo com mais significado. 77% dos consumidores esperam que as marcas mostrem o seu suporte em tempo de crise e que 75% das marcas podiam desaparecer, que os consumidores não se iriam importar ou encontrariam alternativas facilmente.
O mercado de consumo continua demasiado focado em vender produtos/serviços, enquanto os consumidores anseiam por experiências cativantes que gerem identificação. As pessoas procuram ver as suas crenças, expectativas e preocupações espelhadas nos produtos que consomem e cada vez mais esperam que as marcas procurem deixar um impacto positivo na sociedade.
Em Portugal as marcas dão os primeiros passos na realização de que a inclusão e a diversidade são valores que as aproximam do seu público. Para chegar a um público mais diverso não basta recorrer a estratégias como a segmentação, comunicar para um nicho em específico ou criar uma estratégia para posicionar a marca como moderna e atenta. As empresas têm de entender que são conjuntos de pessoas a comunicar com outras pessoas e que só através da autenticidade, consciência e profundidade conseguirão retratar no seu posicionamento a sociedade como ela é.
Torne-se consciente das necessidades dos seus clientes e comunique de forma mais inclusiva, entre em contacto com a nossa equipa. Na Digih estamos atentos às novas tendências de mercado e podemos reposicionar a sua marca para que vá de encontro às expectativas do seu cliente.