O poder do rebranding: Como o marketing pode juntar marcas e consumidores.
Já aqui falámos sobre como o branding e rebranding são duas faces da mesma moeda: A importância destas estratégias no desenvolvimento da relação com o público-alvo e o valor que geram no crescimento de uma empresa.
Hoje trazemos alguns casos de sucesso de marcas portuguesas que, apesar de sempre terem sido reconhecidas pela sua qualidade, tiverem que se reconfigurar para permanecerem relevantes. Com capacidade de adaptação, olhos postos no futuro e sem esquecer a sua própria identidade, estas marcas conseguiram renovar-se e aliciar novos consumidores.
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O termo branding para o público em geral remete para a componente visual de uma marca, o logotipo e restantes criativos. Contudo este conceito abrange elementos muitos mais subtis. O branding ou rebranding (renovação do branding) é um processo que nos permite dar significado à imagem de uma empresa ou produto, partindo de uma investigação das origens da marca e dos seus valores, bem como o estudo das motivações que fazem com que o público-alvo perceba valor na marca, produto ou serviço.
O objectivo é construir uma estratégia de comunicação que vá de encontro às necessidades identificadas no público-alvo. O resultado mais óbvio deste exercício é a alteração do grafismo, mas pode implicar mudanças mais profundas, como a criação de novos produtos ou um reajuste na forma como se comunica.
Estas poderosas ferramentas fazem toda a diferença, podendo as marcas tornarem-se referência, consequência de um branding forte, ou deixarem de o ser, por incapacidade de preverem e se adaptarem às mudanças nas tendências de consumo. É precisamente esse reposicionamento a grande importância do rebranding, as marcas têm que entender que as expectativas e necessidades dos clientes na forma como consomem um produto vai mudando, e quem não acompanhar estas alterações, corre o risco de se tornar irrelevante.
Em Portugal nos últimos anos, associado a um maior interesse do estrangeiro nos nossos produtos, tem se assistido ao revivalismo de marcas que criaram um legado ao longo de gerações, mas que acabaram por perder a capacidade de alcançar novos consumidores. Em baixo abordamos os casos de algumas marcas emblemáticas portuguesas que graças a fortes rebrandings, conseguiram reconquistar e até ampliar o seu espaço no mercado.
Sanjo: A primeira marca portuguesa de sapatilhas ténis
Criada em 1933 na Companhia Industrial de Chapelaria, foi de São João da Madeira, cidade onde nasceu, que surgiu a inspiração para o nome. Nas décadas de 40 e 50 foram um fenómeno de popularidade, mas nos anos 80 com o surgimento de outras empresas de calçado desportivo internacionais, a Sanjo foi perdendo o fulgor, até sair totalmente de cena nos anos 90.
A marca regressa em 2010, desta feita com produção na China, mas com múltiplas queixas pela falta de qualidade. A reação dos clientes mostrou que o valor associado à marca também era percebido através da qualidade dos ténis, e que o saudosismo por si só, não era garantia de sucesso.
Actualmente a Sanjo vive uma nova época de ouro, fruto de um rebranding feito em 2019. Com um posicionamento assente na sua longa tradição, é hoje uma marca projetada para o futuro, com uma gama de produtos diversificados, tendo estabelecido parcerias que prometem fazer com que a marca continue a atrair novos consumidores e se torne cada vez mais relevante.
Izidoro: Um século de inovação
A história começa em 1900 por Isidoro Maria de Oliveira, empreendedor cuja visão ainda repercute nos dias de hoje através do lema “Do prado ao prato”.
A própria marca reconhece os desafios da categoria, um espaço de carácter envelhecido, onde para se conseguir continuar a recrutar novos consumidores é fundamental reforçar a presença junto dos mais jovens e procurar um alinhamento com as novas tendências.
Foi isso mesmo que perseguiram quando avançaram com o rebranding em 2019, de linha gráfica renovada e rejuvenescida, que faz jus ao legado da marca. Criaram mais categorias de produtos, como a gama de produtos vegan e apostaram ainda numa comunicação 360 com grande enfase no digital. Este reposicionamento mostrou enorme resiliência e uma grande agilidade para acompanhar as tendências do mercado.
Famel: Desde 1949 até ao futuro
João Simões Cunha criou a Famel – Fábrica de Produtos Metálicos em 1949, uma das mais antigas sociedades do ramo. A marca viveu o seu apogeu entre as décadas de 60 a 80, tendo a motorizada XF-17 sido a motorizada mais emblemática saída das suas linhas de montagem. Nos anos 90 entrou em declínio acabando por decretar falência em 2002.
Quer pelo apelo de ser uma marca nacional, a estética irrepreensível das motorizadas, ou a fiabilidade dos seus componentes, acabou por se tornar numa marca de culto, continuando a suscitar interesse nos dias de hoje, sendo as motas ainda um grande alvo de procura tendo em vista o restauro.
A Digih cruzou-se com os refundadores que prometem trazer a Famel de volta às estradas, recriando o mítico modelo XF-17. Nesta segunda vida a mota trará uma reformulada motorização elétrica, estando a marca neste momento à procura de investidores e com uma campanha de crowdfunding em andamento, procurando junto dos fãs da marca, apoio para iniciar a produção.
A nova Famel está apenas no início, mas despertou-nos saudades do que ainda não vivemos.
Dê uma nova vida à sua marca!
Caso esteja a ponderar fazer um rebranding ou a passar por uma fase em que a captação de novos clientes se tornou um desafio, entre em contacto com a nossa equipa especializada. Na Digih estamos a par das novas tendências de mercado e reposicionaremos sua marca, respeitando os seus valores.
